quinta-feira, 25 de junho de 2015

PROVA ORAL TJMT.

Hey!
Ontem foi a prova oral do TJMT. Após um final de semana de tensão, dores e falta de concentração, finalmente fiz a prova.
Alguns amigos me pediram para eu dar dicas. Além delas, colocarei abaixo as perguntas feitas.

DICAS

1- Tenha sempre seu material ou resumo.
Tive que estudar 09 matérias em muito pouco tempo, sendo que, em empresarial e direito da criança e do adolescente, caíram pontos que eu realmente não sabia. Assim, ajudou e muito ter feito resumo anterior e um livro básico de ECA.

2- Treine muito!
Lembro que, quando saiu o resultado das subjetivas do TJMT (após recursos), alguns colegas já tinham mais experiência e todos, sem exceção, disseram que fariam algum curso de oratória. Uns foram ao Oratória da Rogéria Guida, outros foram para um curso em Brasília.
Eu acabei fazendo o curso da Guida no Rio, fui duas vezes para lá treinar e me ajudou muito! Muito mesmo!
Além do curso, treinei com colegas aqui em Cuiabá, os quais foram fundamentais. Eles davam dicas e conselhos de postura e todos compartilhávamos o que tínhamos acertado e errado.

3 – Afaste-se de tudo que te distrai.
Do sorteio à prova, o TJMT nos concedeu mais do que as tradicionais 24horas para estudo. Nesse tempo, quando eu tinha que revisar e estudar, tentei desligar de tudo que me distraísse.
Não consegui obter tanto sucesso porque, além de meu pai estar internado, eu estava me desconcentrando muito fácil, pois estava com muitas dores na coluna e no punho. Então, quando eu ficava muito cansado, assistia alguma série e voltava.

4 – No dia da prova.
No dia da prova, tive muitas dores de cabeça. O sorteio da ordem de arguição dos candidatos foi às 8h50 e eu fui o penúltimo a ser arguido. Minha prova começou somente às 17h00.
Lá pelas 15h, começou uma dor de cabeça infernal. Então, tomei uma dipirona. Só! Nunca tomei nem tomo nada que não seja por recomendação médica. Até café eu evito tomar.
Vi que alguns colegas estavam muito nervosos, mas todo mundo conseguia se controlar. Então, a dica é: tente se controlar ao máximo, evite tomar algo que nunca tomou no seu dia a dia e respire!
Antes de começar efetivamente a prova, lembro-me que eu estava respirando bem fundo, o que me ajudou a ficar mais calmo. Essa é uma dica de ouro, pois tem me ajudado muito e foi ótima na DPU. Depois que eu realmente parava e respirava, as respostas vinham com mais clareza.

5 – Durante a prova.
Quando começou a minha prova, fiquei muito nervoso com a pergunta de processo civil, que já foi a primeira. Eu sabia toda a pergunta, mas não consegui explicar bem meu raciocínio.
Teve um momento que o examinador perguntou um exemplo de jurisdição voluntária e me deu um branco. Parei, demorei uns segundos (que pareciam uma eternidade!), respirei e falei: interdição. Lembro que só depois de parar realmente e respirar a maldita interdição veio à mente.
Nos momentos em que eu via que errava algo, eu falava “retifico” e seguia em frente. Em um determinado momento confundi exemplo de consumidor equiparado com responsabilidade de concessionária de transporte. Falei retifico e acertei.
Outra dica: sempre escutei que se deve evitar citar nome de doutrinadores em prova. Eu nunca segui essa dica! Nem em subjetivas e nem das duas provas orais que fiz. Na DPU, citei tantos doutrinadores que já nem me recordo. No TJMT, lembro-me que citei Pontes de Miranda, Didier e Zaffaroni. Só não citei um doutrinador em ECA porque não lembrei na hora de seu nome (Kenji Ishida...).
Creio que ter citado alguns doutrinadores tenha dado mais “conteúdo” às minhas respostas. Pelo menos eu me senti assim e isso deu certo para mim.

          6- NUNCA DESISTA!
Eu sinceramente acho que essa é fundamental. Fiz o concurso do TJMT sem estar focado em matérias estaduais. Acabei passando e começou uma luta bem árdua, pois reprovei inicialmente nas duas sentenças! Lembro-me que tinha desistido e fiz os recursos por conselho do meu pai, faltando uma hora do prazo do término, porque queria estudar para o TRF2.
Após um mês, o resultado: ambos meus recursos foram providos e eu estava aprovado para a oral.
Se não bastasse, o sorteio da prova oral bateu com datas da segunda fase do MPF. Passei alguns dias pensando qual dos dois escolheria. Mas, graças a Deus, o TJMT mudou a data.
A dica de persistir sempre me foi muito útil. Quando eu estava desanimado, lembrava que tudo seria mera lembrança depois da minha aprovação.

PERGUNTAS
Processo Civil
Fale o que você sabe sobre procedimentos especiais e jurisdição voluntária.
Por que a ação de depósito é binária?

Humanística
Como você entende que deve ser o relacionamento do magistrado com a mídia?

Constitucional
Fale sobre o princípio da eficiência.
A regra do concurso público se liga a qual princípio administrativo da Constituição?

Ambiental
Qual o fundamento na Constituição do Direito ao Meio Ambiente?

Empresarial
Cite exemplos legais de facilitação de crédito às microempresas e empresas de pequeno porte.

ECA
Qual a natureza da multa aplicável às infrações administrativas do ECA e seu prazo prescricional?

Civil
Excludentes da responsabilidade civil do Estado.

Penal
Quais os requisitos do concurso material

Processo Penal
O que são questões prejudiciais. Diferencie as homogêneas das heterogêneas.

Como podem ver, as perguntas foram TODAS muito fáceis. Era o nervosismo e ansiedade que me fazia não conseguir mostrar todo meu conhecimento. Creio que a partir da primeira pergunta eu fiquei mais relaxado e falava com mais calma e firmeza. Ao final das arguições, já publicaram as notas e quem tinha sido aprovado, e eu tirei 8,54.
Depois compilarei todas as perguntas dos demais colegas e, então, disponibilizo aqui no blog.
Abraços. 

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