Fiz três segundas fases de concursos neste ano: DPU, MPF e TRF5. Todas de concursos diversos, cada uma com particularidades diferentes.
Passei na DPU, fiz a do MPF (fiquei por 3 pontos no GIV, mas estou esperando análise dos recursos) e, no final de semana passado, fiz o TRF5.
Em todas as fases, fiz quase que a mesma preparação. Todavia, eu não tinha me atentado para isso, tendo só percebido hoje, quando uma conhecida me perguntou o que eu fazia quando via que tinha passado para uma segunda fase.
Assim, vou tentar resumir o que fiz.
No concurso da DPU, eu literalmente não tive como me preparar especificamente para a segunda fase, porque ela foi no dia posterior ao do dia da primeira fase. No MPF, foquei bastante, mas o TRF5 é o que eu mais me senti preparado (apesar do nervosismo normal e sentimento de branco que me dá sempre).
Enfim, eu faço assim:
Reservo um dia inteiro para rever toda a jurisprudência do ano vigente e do anterior, em especial matérias que fui mal na fase objetiva. Geralmente, como leio informativos toda semana, nesse dia eu só revejo o que eu tenho marcado com marca-texto.
Durante o mês anterior ao da prova, eu revejo o tipo de questão que cai. No MPF, revi todos os pareceres e peças que eu já tinha feito, para não esquecer detalhes.
Nesta do TRF5, fui um pouco mais tranquilo do que as provas anteriores de magistratura que já fiz -já fui para 3 segundas de juiz, a do TJMT, que passei, a do TRF2, que fiquei na penal, e esta do TRF5. Esta tranquilidade foi pelo fato de que agora já sou juiz, então tenho visto mais sentenças e, sendo sincero, possuo uma tranquilidade que antes não tinha.
Há três anos eu tenho o combo de magistratura do Emagis, então revejo algumas sentenças que já fiz. Confesso que não tenho gostado desse curso, uma vez que ele tem sido raso nas sentenças, que nem se comparam às dificuldades das sentenças de concursos. Como exemplo, as sentenças do TRF5 foram de 12 páginas.
Outra coisa que faço sempre: releio meu caderninho de frases e ideias úteis.
Às vezes, estou estudando e vejo algo que eu jamais poderia esquecer. Como eu tenho memória de elefante -só que ao contrário, coloco tudo nesse caderno e revejo dois dias antes da prova. Na do TRF5, tirei várias ideias dali para colocar na sentenca.
Exemplo do caderno:
Por fim, acho que o que mais me ajudou também foi treinar muito. Nesta fase do TRF5, como já tinha sido empossado no TJMT, não consegui estudar nem treinar, mas eu já vinha fazendo ao menos uma sentença por semana desde 2013. Assim, fazer a estrutura da sentença não foi uma surpresa (quanto ao conteúdo, daí são outros quinhentos... hahahah).
Quando à dica de estudar a banca, isso é muito válido para o MPF. Estudei e li vários artigos dos membros da Comissão do 28CPR e caíram várias questões em que só consegui explanar bem por saber algum entendimento prévio deles, ou ao menos a linha do que eles gostavam de estudar. Como exemplo, só para esse concurso que eu fui saber o que era "ação comunicativa" para Habermas, tema que citei muito e também consegui inserir na Dissertativa do TRF5.
Enfim, estas são as dicas. Não sei se passei no MPF e nem no TRF5, mas elas me ajudaram muito a fazer essas provas.
Além disso, como diz meu pai: conhecimento é acumulativo. Portanto, mesmo que, na maioria das vezes, eu me sinta muito despreparado (e haja ouvido de pai, mãe, irmã para escutar), essa frase dele é muito valiosa e ajuda muito a nos confortar e ajuda a saber que não chegamos por pura sorte em qualquer fase de nossa vida.
Abraços! :D
Vinicius, consegue fazer um post atualizado sobre a 2ª fase do MPF, considerando a 2ª fase do 28º e a atual composição (consumidor e tributário) para o 29º?
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