Recebi
muitos emails pedindo a minha trajetória em concursos, assim como várias
(inúmeras mesmo) perguntas sobre como é a forma que eu estudo.
Para
quem está caindo de paraquedas e quer indicação de bibliografia, o post sobre o
concurso do MPF aqui
resume bem quais livros eu usei em minha trajetória.
Vamos
lá! Já digo que vem textão!
Eu
sou cuiabano e estudei Direito na UFMT durante os anos de 2006 a dezembro de
2010. Não estudei nadica de nada para concursos durante a faculdade, porque
achava que tinha que aproveitar a UFMT. Fiz francês, fui aluno ouvinte de
economia política e de algumas matérias em filosofia, fiz dois anos Letras à
noite concomitantemente com o 4º e 5º ano de Direito, fui a muitos saraus e
festas. Não era "party hardcore", mas saía com meus amigos e tirava
notas boas (eu estudava muito e me esforçava, mas o que mais amava mesmo era
passar a tarde na biblioteca da UFMT lendo filosofia e literatura).
No
começo da faculdade, eu queria ser diplomata. Como as aulas na UFMT só
começariam em junho de 2006, fiquei os seis meses estudando para isso até que,
em 2007, já no segundo ano, tendo aulas de Direito Internacional com o Prof.
Mazzuoli, percebi que queria atuar com direito internacional não pelo
Executivo, mas pelo Judiciário. Como tinha desistido dessa carreira, parei de
estudar loucamente política, economia e outras matérias não jurídicas, só
continuei com o francês.
Nos
últimos dois anos de faculdade, fiz estágios no MPF e no MPE/MT, então minha
rotina era super atarefada, porque ia à aula de manhã, fazia estágio à tarde e
Letras à noite.
Foi
justamente nessa época que quis muito desistir do Direito. Achei que era um
curso muito "quadrado", diferente demais do clima de Letras. Lembro
que um dia, à noite, sentei com meus pais e disse que queria desistir e fazer
"Crítica Literária" na Unicamp. Eles pularam 1 metro de susto e
conversaram muito comigo.
Graças
a Deus eles me abriram a mente (sou muito grato a muitas decisões corretas na
vida pelos meus pais) e percebi, depois de quase dois meses refletindo, que
Literatura era um hobby e que eu queria fazer algo diferente no mundo pela
escrita, mas também pelo Direito.
Assim,
tranquei Letras e decidi, naquele último ano de faculdade, tentar o Curso de
Verão da Academia de Haia, o que deu certo (notícia aqui).
Fiquei muito surpreso, porque minhas notas eram boas, mas eu era um aluno médio
para bom, nada excepcional. E o legal de ter feito o curso em Haia foi ver que
o Direito não precisa ser quadrado, mas sim fluido, volátil. Mesmo não lembrando nada do
conteúdo do curso (deem-me um crédito, já se passaram 6 anos... hehehe), lembro
que ter ido lá me reacendeu uma paixonite pelo Direito, em especial direito
internacional e direitos humanos.
Passei
na OAB, terminei a faculdade e fui advogado nos anos de 2011 a maio de 2013. No
primeiro ano como advogado, não estudei nada (confissão que dá até vergonha).
Eu falava: ah, quero ser juiz federal, mas ainda tenho 3 anos para ter prática
jurídica. A única coisa que fiz foi estudar loucamente constitucional para
tentar o mestrado na USP. Lembro que foram meses estudando constitucional e
preparando o projeto, mas acabei sendo reprovado na entrevista. Eu tinha só 21
anos e estava muito novo, meu projeto não era muito sólido, eu acho.
Não
me lembro de ter estudado em 2012 não. Estava namorando à distância durante um
tempo, ia muito a SP, viajava, e lembro que 2012 foi um ano perdido. No final
de 2012, fiz algo que me rendeu muito durante muito tempo bons frutos: Comprei
o livro do José Carvalho de Administrativo e o li e resumi em meu caderno por
completo. Eu estava querendo, mas bem de leve, começar a estudar para o
concurso da AGU que viria em 2013, então tinha que saber administrativo.
Depois, lembro-me que nos anos posteriores não estudei Adm, mas só lia meu
caderno, lei seca e a jurisprudência.
Em
maio de 2013, fui selecionado para ser assessor no MPF. Lá, fiz amizades
maravilhosas e acredito que se não tivesse entrado não teria passado hoje nos
concursos. É que entrei em um gabinete com uma procuradora maravilhosa (Bianca)
que tinha acabado de passar no concurso e com um colega assessor (Leonan),
super craque em penal, que estava também querendo começar a estudar para
concursos. Assim, o clima de trabalho foi muito bom e me estimulou muito a
estudar.
Nesse
mês, lembro-me que saiu resultado do concurso de analista do MPU. Rodei mais
pião da fortuna do Silvio Santos. Nossa! Apesar de aprovado, fiquei em uma
classificação horrorosa, depois do centésimo. Essa reprovação me motivou muito
a estudar, pois eu tinha ido muito mal.
Assim,
comecei a estudar. A prova do TRF3 estava vindo (meu foco ainda era TRF) e
estudei loucamente. Estudava sábado e domingo, de manhã e à noite quando
chegava do MPF. Detalhe: estava solteiro e morava com meus pais.
Veio
a prova do TRF3 e reprovei na primeira fase por 1 ponto. Um mês depois, a prova
do MPF também já estava chegando.
Fiz
a prova do MPF do 27CPR. Fui tão, mas tão mal que deu até vergonha. Lembro que
no primeiro grupo, justamente o de Constitucional, não atingi nem metade da
pontuação. Lembro muito bem de um dia, vendo o nome dos aprovados, pensei: esse
pessoal deve ser tudo louco, nerd, que está estudando há muito tempo só para o
MPF. Achei que nunca iria passar no MPF (e até hoje, vendo a lista de
aprovados, fico surpreso de ver meu nome lá).
Em
2014, continuei estudando. Minha rotina era assim:
Manhã:
natação, começar a estudar das 8h às 11h, entrar no trabalho às 12h.
Noite:
Estudar das 20h às 22h.
Então,
no total, eu estudava umas 5 horas por dia. Eu separava duas matérias por dia,
uma de manhã e uma à noite. Nos sábados e domingos, eu colocava a matéria que
eu menos sabia (civil e penal, meu calcanhar de Aquiles), e fazia uma prova no
domingo.
Ainda
em 2014, as provas que mais cheguei perto de passar foram o TRF2 e o
TJMT.
No
TRF2, passei na primeira, desesperei por completo, achando que tinha passado
por sorte, passei na sentença cível e reprovei na penal. Foi um gosto amargo
aquela derrota, porque eu queria tanto, mas tanto aquela aprovação. Achei que
tinha ido tão bem na sentença penal que, bingo, veio a reprovação.
No
TJMT, lembro que a prova foi na metade do ano. Muita gente me pergunta: como
que você conciliou as matérias estaduais com federal? Gente, não conciliei não.
Em junho de 2014, no meu aniversário, eu e minha família fomos ao Rio. Como já
estava lá, resolvi fazer a prova do TJRJ. Senhor, que nota horrível eu tirei.
Acho que de 100 questões, fiz somente 43, ou algo assim. Umas duas semanas
depois, no TJMT, prova super parecida, de 100 questões fiz quase 80 (acho que
minha nota da primeira fase foi 78).
O
que fiz para "conciliar" a matéria estadual com a federal? Eu
simplesmente li lei seca estadual no mês anterior à prova, mas muito mesmo.
Deixei de lado a matéria federal e li muita lei e coisas que só caem nas provas
estaduais.
Daí,
com esse método fajuto (que não recomendo a quem quer mesmo esfera estadual
pelos motivos que falo agora), acabei ficando surpreso por ter passado na
primeira fase do TJMT e mega desesperado para a segunda fase. Por qual motivo?
Eu não sabia nada de matérias estaduais. Não sabia como condenar no tipo de
estupro, não sabia nada de ECA e não ter estudado me prejudica até hoje como
juiz estadual, pois sempre tinha focado nas matérias federais.
Para
quem quer só juiz estadual, foque só nisso. Quem quer cargo federal e se
aventura na área estadual, cuidado! É desesperador ir para uma segunda fase sem
saber muita coisa. Fiquei tão ruim que tive tendinite no punho um mês antes da
prova. Fiz fisioterapia e, no desespero, comecei até a treinar a escrever com o
braço esquerdo, para vocês verem o nível da loucura. Mas o que era isso? Vejo
hoje que era pura insegurança. TOTAL!
Reprovado
no TRF2, acabei passando na dissertativa do TJMT.
Porém,
como alegria de concurseiro dura muito pouco, reprovei hardcore nas duas
sentenças. Tirei 4 na cível e 4,5 na penal. Eu não ia recorrer, tinha desistido
já. Estava estudando para TRF4, que seria em agosto eu acho. No último dia do
prazo, estava estudando em casa à noite (prazo terminava às 22h), meu pai me
telefonou e perguntou se não valia a pena só recorrer, porque o não eu já
tinha. Fiz o recurso todo sem graça, achando que estava perdendo tempo de
estudo para o TRF4, super desacreditado.
No
dia do julgamento do recurso, nem fui, nem olhei o DJE. Uma amiga, que estava
sem internet e estava na mesma situação, pediu para eu olhar o DJE e ver o nome
dela. Daí eu abro, super traquilo e vejo que minhas notas aumentaram em ambas
as sentenças e fui aprovado para a oral do TJMT. Foi loucura aquele dia. Chorei
muito. Nunca ia me imaginar chegar na fase oral de algum concurso, ainda mais
tendo reprovado tanto naquele ano de 2014.
A
oral do TJMT foi em novembro de 2014. Fui sorteado para o último dia e, depois
de terminada a prova, deram as notas. Acabei passando. No dia da oral, meu pai
estava internado no hospital, então recebi a notícia e para lá fui. A sensação
é maravilhosa, porque finalmente você se sente com algum valor, depois de tanto
esforço.
Detalhe:
antes de saber que tinha sido aprovado para a oral do TJMT, fiz a prova do
TRF4. Fiquei por um ponto da nota de corte na objetiva. Voltando de Curitiba
para Cuiabá, com um frio danado (nós cuiabanos não aguentamos frio, apesar de
adorá-lo), no aeroporto de Guarulhos, pensei em desistir. Mas não foi um
pensamento simples, mas uma sensação de: vale a pena todo este esforço? Vale a
pena tanta reprovação? Queria muito desistir, muito mesmo. E, na mesma hora,
esperando meu voo, uma das minhas melhores amigas (Bruna) me ligou e me animou.
Ela me fez acreditar novamente em mim, lembro que ela falou a seguinte frase:
"desistir agora vai só mostrar que todo o esforço anterior não valeu a
pena".
Assim,
como estava desacreditado, estava só há um ano estudando, pedi minha demissão
no MPF para só estudar. Fiquei exatamente de agosto de 2014 a junho de 2015 só
estudando, em casa, naquela rotina fatídica que só quem estuda sabe. Meus pais
sempre me apoiaram, então nunca recebi um "mas você só estuda", mas já
ouvi muito de terceiros: “demora uns 4 anos para passar em concurso”, “quem
namora não passa em concurso” etc.
Em
2015, continuei estudando. O TJMT viria a dar posse só em junho. No começo do
ano, teve a prova da DPU. Concurso nada a ver com o que eu estava estudando. O
concurso do MPF estava vindo também, junto com o do TRF5.
Ou
seja, eu tinha 3 concursos totalmente diferentes. Até eu fico pensando em como
eu estava estudando, porque me lembro que era uma confusão total. Quem vê de
fora acha que eu estava seguro e era super organizado, mas eu mudava minha
rotina de estudos a cada três dias. Mesmo já tendo passado na oral do TJMT, a
insegurança continuava e era difícil conciliar estudar para o TRF5 com os
demais.
O
que eu fazia então? Separava meus finais de semana para só estudar as matérias
específicas do MPF e da DPU. Durante a semana, só estudava matérias
comuns a ambos.
Na
DPU, consegui passar em todas as fases sem recurso. Lembro que saí da prova
objetiva achando que não tinha passado. Como a subjetiva era no dia posterior,
quase nem fui. E, depois de fazer a prova subjetiva, recordo bem que tinha um
menino que falava com boca cheia qual era a peça (eu tinha feito uma totalmente
contrária) e acabei ainda mais desacreditando que iria passar.
Para
a oral da DPU, foquei nos estudos. Precisava entender o órgão e saber realmente
como que funcionava. Eu simplesmente me apaixonei ao estudar a DPU. Fiz o curso
do CEI para a oral, que foi bem fundamental também para entender mais ainda os
mecanismos da DPU, a visão do órgão - o Caio Paiva é super apaixonado em seu
trabalho, o que deixou todo mundo bem animado para fazer a prova oral.
A
primeira fase do MPF foi bem próxima à oral da DPU. Gente, que loucura! Eram
viagens a Bsb para o curso do CEI, era leitura dos textos da DPU e do MPF. Teve
um dia que minha cama estava lotada de livros e eu não tinha como me deitar
para descansar. Cada hora eu lia um livro já pensando que tinha esquecido o que
tinha lido antes.
Ah,
isso é uma coisa que todo mundo sente, ainda que esteja em um ritmo bom: Aquele
branco! A mente vazia, vagando no ritmo 1 do créu, no infinito e você pensa:
quais as teorias da culpabilidade? Cri cri cri. Nada! E isso é normal. Vejo que
até hoje, na hora do aperto, ou quando um dos meus assessores me faz uma
pergunta cabulosa, a resposta sai. Na manhã antes de ir para qualquer prova, eu
me sentia tão burro, não lembrava nada. Mas, quando eu me sentava para fazer a
prova, eu relaxava e ficava super tranquilo e eu me recordava. Sempre tentei
ficar o mais tranquilo possível nas provas.
Na
prova do MPF, já na primeira fase, fiquei no Grupo IV (penal e processo penal).
Precisava de alguns pontos para passar (acho que 4 pontos). Como tinha a prova
oral da DPU, não me preocupei, até porque tinha estudado para o MPF, mas não
tanto.
Só
que a banca anulou algumas questões e eu passei. Novo desespero. O MPF é um
concurso super específico, a pessoa tem que saber muito penal (medo da Dra.
Ela) e coisas específicas de direitos humanos. O que eu fiz? Entrei no que eu
digo "mundo" do MPF. Só li coisas do MPF, li pareceres da banca,
artigos, estudei muito penal, foquei mesmo. Fiz o curso do Eduardo Gonçalves e
fiz o específico do CEI. Ambos são ótimos e recomendo muito!
Resultado
da segunda fase: Reprovei de novo no grupo IV. Gente, que concurso difícil!
Tirei nota baixa no grupo IV, mesmo tendo me matado de estudar penal e processo
penal. Recorri, mas não achei que minha nota aumentaria tanto. Fiquei
esperançoso porque havia um erro material, de contagem, mas ainda assim
precisaria de mais 3 pontos para passar a nota de corte.
Nisso,
tinha passado na primeira fase do TRF5 e ia fazer as sentenças. Eu já tinha
sido empossado como juiz, fazia sentenças todos os dias, então estava mais
tranquilo. Sentença cível: medicamentos –tinha estudado exatamente uma assim
dois dias antes da prova. Sentença penal: lavagem e corrupção. Mesmo confiante,
acabei reprovando na cível (resultado saiu só neste ano de 2016).
Por
fim, tendo feito a segunda fase do TRF5, não acreditei quando fui para a oral
do MPF. E é um mistério e tensão nessa prova que nunca senti. O MPF realmente
foi o concurso mais difícil que eu fiz, mas foi o que mais eu fui me
apaixonando e estudando coisas que me traziam a sensação de quando eu estudava
para diplomacia: a sensação de estudar matérias novas e fluídas, sem ser “quadradas”.
Não que no concurso do TJMT e da DPU eu não tenha sentido isso, mas no MPF tive
que estudar coisas como “regime de tropas estacionárias”, “sistemas de Luhmann”,
“teorias de Habermas”, “teoria do impacto desproporcional”, que aplico hoje na
magistratura.
Além
disso, o MPF tem aquele mito de reprovar 10% do número total de pessoas que
foram para a oral. No 28CPR, realmente algumas pessoas foram reprovadas e esse
mito dá muito medo e mais insegurança ainda a nós.
Saí
da prova oral do MPF naquela sensação: passei em algumas matérias, mas com medo
enorme de ter reprovado em penal. Quando saiu o resultado, vi que a Dra. Ela me
deu 5, nota mínima para passar. Fiquei tão surpreso que ainda perguntei no
grupo dos meus colegas: “gente, com cinco passa?” aahahahah Eu estava muito
surpreso. Chorei tanto, liguei para tanta gente para contar a notícia e
finalmente me senti pleno. Senti que tudo valeu a pena:a tendinite, ter
engordado horrores, não ter saído nos finais de semana, não poder sair tanto
para namorar para estudar, estar sem dinheiro e ter que pedir novamente
dinheiro a meu pai, tudo.
Vale
a pena, gente! Vale cada esforço. Depois, empossado, a gente pode levar a
família inteira para a Europa, a gente reclama de outras coisas e pensa: nossa,
há um ano atrás eu estava na pindaíba, e se sente feliz por todo o esforço.
O
que sei que contribuiu muito para a minha caminhada foi: saber quando parar
para ir ao cinema e descansar, meu namoro (falo que só depois que comecei a
namorar que comecei a passar nos concursos haaha) e, mesmo na loucura, na
vontade de desistir, continuar.
Hoje,
como juiz, fico até com medo do que poderia ter acontecido se eu tivesse
parado. Se eu tivesse desistido, não passaria pelas coisas maravilhosas que
passo aqui em Colniza, pelos aprendizados que tenho e ainda terei no MPF.
Por
fim, ressalto que nunca fui uma pessoa que estudava até cansar. No começo,
quando não tinha muita base, estudava até demais. Depois, fui vendo que meu
rendimento era baixíssimo quando ficava horas estudando. Assim, eu tinha intervalos,
assistia vídeos no youtube e ia muito ao cinema.
Acho
que consegui mesclar minha trajetória com minha rotina de estudos.
Minhas
dicas finais são:
1.
Para objetivas, leia bem lei seca. Até no concurso do MPF cai algumas questões
tiradas da lei seca. Um dia antes de qualquer prova, eu lia artigos que sempre
caem da Constituição.
2.
Se puder, faça exercícios físicos. Deixei de lado isso e, hoje, tendo engordado
muito, vejo que eu teria rendido nos estudos e deveria ter cuidado mais de mim.
Agora, retomar à rotina de antes, é muito mais complicado.
3.
Reinvente sempre! Se um método de estudos não está ajudando, mude! Se o primo
do seu amigo passou com 1 mês de estudos para ministro do Supremo usando um
método X, use o seu próprio método e mande ele se lascar! As pessoas me
perguntam como eu estudava e eu lia e anotava, tanto que, até na prova do MPF,
reli meus cadernos e minhas fichinhas de anotação. Mas isso sou eu, que tenho
memória visual e estudo assim desde a faculdade. Veja qual o seu melhor ritmo
de estudos e foco nele.
4.
Virão reprovações, mas elas serão as que te ajudarão a passar. Em toda prova
que eu reprovava eu olhava questão por questão e estudava cada uma para saber o
porquê que eu tinha reprovado. Isso me fez crescer muito.
5.
Não ao golpe! hahaha Ops, não aos resumos! Faça seus próprios resumos, não
acredite que o Graal ou qualquer outro resumo são a chave para a aprovação,
pois não são. Sempre fui um pouco orgulhoso com isso e nunca gostei de estudar
por resumos, sempre preferi doutrinas e meus resumos e isso me auxilia muito na
minha vida como juiz, pois posso não ter decorado o artigo do CP, mas sei qual teoria
o ampara e os fundamentos.
É
isso. Quis relatar minha trajetória para dizer que: sou uma pessoa normal, estudei normalmente e consegui passar. Não há muito segredo.
Grande abraço a todos. O texto ficou grande e demorei dias escrevendo.
Grande abraço a todos. O texto ficou grande e demorei dias escrevendo.